Gripe A – Máquina que “mata” o vírus…

A opção por estratégias de inovação tornam possível a definição do negócio oportuno. Foi  ontem  apresentado, em Lisboa, um purificador de ar para inactivar o vírus da gripe A em espaços fechados.

O ar é aspirado para o interior do equipamento, sujeito ao efeito da água electrolizada – a água da torneira com que se abastece o aparelho contém iões de cloreto e, quando electrolisada, gera dois tipos de oxigénio activo: ácido hipocloroso e radicais OH. Os nomes são complexos mas têm uma missão simples: destruir a proteína que reveste o vírus da gripe (esporos), evitando que ele contamine células do hospedeiro. Mantém-se no ar, mas torna-se inactivo. O processo é concluído em cinco minutos em espaços fechados até 40 metros quadrados. O fabricante reconhece que o “’virus washer” ainda não foi apresentado às autoridades nacionais de saúde e as opiniões dos especialistas dividem-se.

Ao Expresso, o virologista do Instituto Português de Oncologia de Lisboa, Mário Cunha explica que “os vírus da gripe têm um ‘casaco e um sobretudo’ de proteínas que lhe permitem provocar a infecção. A água electrolizada destrói esse ‘sobretudo’, impedindo o vírus de fixar-se nas células humanas e, assim, infectá-las”.

Contudo, “este método só consegue destruir os vírus em suspensão no ar”, acrescenta. Ou seja, não ‘mata’ os agentes da gripe A que estejam em superfícies como mesas ou maçanetas de portas. “Para esses casos, aplicam-se as medidas de desinfecção, como a lavagem”, acrescenta.

 Nos EUA e no Reino Unido foram feitos ensaios que mostram que o “virus washer”  é ainda eficaz contra outros tipos de vírus, bactérias e alérgenos, por exemplo. No Japão já existem equipamentos de ar condicionado com o sistema “’virus washer”.  

Este equipamento da marca Sanyo, chegará a Portugal a 15 de Dezembro na versão doméstica e na versão industrial (com capacidade de purificar salas até 100 metros quadrados com grande concentrações de pessoas – exps. Escolas, Hospitais, etc.).

Fonte: Expresso.pt